Visão Macroeconomica de nossa Economia

Visão Macroeconomica de nossa Economia

De s d e 2 0 1 4 , a
economia brasileira
tem atravessado sua
mais pronunciada e prolongada
recessão desde a década de 1930.
Isso foi resultado dos excessos
praticados ao longo dos governos
Lula e Dilma. De fato, desde 2004,
em face do boom dos preços
internacionais das commodities, o
real passou a se apreciar cada vez
mais frente às demais moedas, o que
contribuiu para manter a inflação
baixa. A partir disso, o Banco Central
pôde praticar taxas de juros
relativamente mais baixas, o que
contribuiu para a expansão do crédito
privado (que foi direcionado
p r e d o m i n a n t e m e n t e p a r a o
consumo).
E s s a d i n â m i c a f o i
intensificada a partir da crise norteamericana
de 2008, quando o banco
central dos EUA, o Fed, zerou a taxa
de juros. Com isso, os ingressos de
dólares na economia brasileira
intensificaram, reforçando o quadro
de inflação mais baixa e de juros mais
m o d e r a d o s n o B r a s i l . C o m o
consequência disso, o volume de
c r é d i t o s e g u i u e x p a n d i n d o
recorrentemente até 2015.
O resultado desse processo
foi que o crescimento econômico
verificado em boa parte da década
passada e nos primeiros anos da
década atual foi baseado no aumento
do consumo das famílias. A perda de dinamismo nos
primeiros anos do governo Dilma
teve como resposta uma prática cada
vez mais irresponsável do lado fiscal,
com forte ampliação dos gastos
públicos, e do lado monetário, com o
Banco Central tolerando patamares
de inflação cada vez mais elevados.
O esgotamento do modelo de
crescimento baseado em moeda
forte, expansão do crédito e aumento
de gastos públicos se deu em fins de
2014, quando ficou evidente o grau
de desajuste que a economia
brasileira enfrentava em múltiplas
dimensões. Desde então, o Produto
Interno Bruto (PIB) brasileiro tem
caído sistematicamente, como
r e fl e x o d o e s g o t a m e n t o d a
capacidade de endividamento das
f a m í l i a s e d a s e m p r e s a s , d a
necessidade de um ajuste fiscal e da
correção da política monetária para
fazer frente ao quadro de descontrole
inflacionário prevalecente até
meados do ano passado.
O nocaute econômico que o
País foi levado se mostrou muito
mais prolongado que o previsto ante
a extensão do dano fiscal e da
necessidade de ajuste do setor
privado para reduzir seu grau de
endividamento relativo. Previsões de
crescimento em 2016 e 2017 foram
sistematicamente revistas para baixo
por conta dos desalentadores sinais
que a economia emitia.
No entanto, ao que tudo
indica, a economia brasileira iniciou
seu processo de retomada do
crescimento, ainda que em bases
moderadas. Os sinais emitidos pelos
indicadores econômicos permitem
vislumbrar um quadro menos
sombrio nos próximos trimestres.
A criação de empregos
formais tem sido positiva nos
últimos meses, ao mesmo tempo,
tanto o comércio e a indústria
sinalizam para uma retomada das
vendas. As expectativas das famílias
quanto ao ambiente econômico
também se mostram mais favoráveis
que as verificadas há alguns meses
atrás. A inflação baixa e a queda da
t a x a de juros promovida pelo Banco Central
coroam esse cenário, que começa a
se mostrar positivo.
É interessante observar que o
comportamento da economia
permanece relativamente descolado
das turbulências políticas que o País
enfrenta neste momento. Mesmo as
denúncias envolvendo diretamente
os altos escalões do governo não têm
afetado o cenário de melhora da
e c o n o m i a . A p a r e n t e m e n t e , a
manutenção de uma política
econômica responsável e a boa
gestão da economia tem sido mais
relevante para os agentes, que não
têm se abalado ante o cenário político
atual.
De qualquer forma, tudo
indica que a economia brasileira está
retornando vagarosamente para os
eixos, indicando um crescimento
econômico nos próximos trimestres.
No entanto, diferentemente do que
foi verificado em ciclos anteriores,
onde a recuperação era rápida e
robusta, tudo indica que a retomada
do crescimento no Brasil
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